O Congresso Nacional está para analisar o veto ao Projeto de Lei 6330, que prevê incorporação automática dos medicamentos orais contra o câncer na cobertura dos planos de saúde, logo após o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O tema é bastante sensível e afeta tanto quem trata um câncer quanto seus parentes, portanto merece uma discussão profunda – principalmente porque não atende aos interesses dos brasileiros.
O principal problema é que o projeto elimina a ATS (Avaliação em Tecnologias em Saúde), um processo rigoroso adotado no Brasil e nos principais sistemas de saúde do mundo: Europa, EUA, Austrália, Canadá.
Com essa análise, só são aprovadas tecnologias que demonstrem ganhos terapêuticos aos pacientes – ou seja, comprovem ser melhores que as opções disponíveis. Só que, se o projeto se tornar lei, serão liberados produtos que já foram reprovados no Brasil, no Canadá e no Reino Unido, por exemplo.