A metodologia utilizada nas quatro últimas edições da pesquisa foi desenvolvida pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (CERLALC- Unesco), com a finalidade de ter parâmetros internacionais de comparação entre os países da Ibero-América e de possibilitar a produção de séries históricas sobre o comportamento leitor. Aplicada pelo IBOPE Inteligência, o levantamento utiliza entrevistas presenciais, nos domicílios, com brasileiros, residentes, com cincoanos ou mais, alfabetizados ou não.
Além de identificar a penetração da leitura de livros e o acesso a eles, a pesquisa busca levantar o perfil do leitor de livros, coletar suas preferências, identificar as barreiras para o crescimento da leitura e levantar o perfil do comprador de livros. Em 2001, o universo estudado envolveu 49% da população. Em 2007, com publicação em 2008, esse universo passou para 92,3% da população. A segunda edição foi o ponto de partida para a construção das séries históricas. A terceira, de 2014, refletiu a melhoria do poder aquisitivo do brasileiro e uso de novas tecnologias, como o e-book, fatores confirmados na quarta edição, quando a população leitora aumentou de 50% para 56%, seu melhor resultado. Já na quinta edição, de 2019, com lançamento em setembro de 2020, mostrou retração para 52% de leitores. Na média, o desempenho histórico do universo leitor, na faixa de 50%-55% pode ser considerado apenas sofrível, o que mostra a necessidade de se buscar ainda mais uma política de estímulo à leitura, fator fundamental na avaliação do desenvolvimento de um país.
Em 2019 o IPL lançou a pesquisa Retratos daLeitura em Bibliotecas Escolares com o objetivo de avaliar o impacto das bibliotecas escolares públicas na aprendizagem dos alunos do Ensino Básico. No mesmo ano, firmou parceria com o Itaú Cultural para levar a pesquisa Retratos da Leitura aos eventos do livro e leitura como a Festa Literária das Periferias (Flup) e a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.